Você já ouviu falar em hipodermóclise?
A utilização da via SC para a infusão in bolus, rápida ou contínua de fluidos isotônicos e/ou medicamentos em grandes volumes, iguais ou maiores do que 1 mL, é definida como hipodermóclise (HDC), e pode ser implementada como via alternativa em pacientes sob CP que necessitam de suporte clínico, mas não apresentam condições para o uso de outras vias de administração, tanto no ambiente hospitalar quanto em ambiente domiciliar (INCA, 2009).
As principais indicações para o uso da HDC em pacientes sob CP são (INCA, 2009; SBGG, 2017):
- Impossibilidade de ingestão por VO (delirium, náuseas e vômitos, obstrução do trato gastrointestinal por neoplasia);
- Difícil acesso venoso e que tenha o seu sofrimento aumentado pelas constantes tentativas de punção;
- Possibilidade de permanência fora do ambiente hospitalar (indicado para uso domiciliar);
- Desidratação leve ou moderada;
- Controle dos sintomas terminais.
As contraindicações para o uso de HDC em pacientes sob CP podem ser divididas em absolutas e relativas, sendo elas (INCA, 2009; SBGG, 2017):
- Absolutas: Recusa do paciente; Edema acentuado e anasarca; Distúrbios de coagulação; Desequilíbrio hidroeletrolítico severo.
- Relativas: Caquexia; Síndrome da veia cava superior; Ascite; Áreas com circulação linfática comprometida; Áreas de infecção, inflamação ou ulceração cutânea; Proximidades de articulação; Proeminências ósseas.
Referências:
Instituto Nacional de Câncer. TERAPIA SUBCUTÂNEA NO CÂNCER AVANÇADO. Série Cuidados Paliativos. 2009. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Terapia_subcutanea.pdf>. Acesso em: 23/11/2023.
Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. O uso da via subcutânea em geriatria e cuidados paliativos: Um guia da SBGG e da ANCP para profissionais. 2ª ed. Rio de Janeiro: SBGG, 2017. 60p.